Com risco de deslizamentos, 50 famílias são evacuadas da Vila Churupa

Thais Immig

Fotos: Beto Albert (Diário)

Na Vila Churupa, que fica entre o Morro do Cechella e a Barragem do DNOS, rachaduras no solo, enxurradas de terra e riscos de deslizamentos têm feito famílias deixarem suas casas. Na tarde da quinta-feira (2), a Defesa Civil avisou os moradores sobre o risco de permanecer nas residências e evacuou o local. Conforme o superintendente da Defesa Civil, Adão Lemos, mais de 200 pessoas foram retiradas da vila e encaminhadas para abrigos e casas de familiares.

A decisão foi tomada após o deslizamento no Morro do Cechella, que deixou duas vítimas. Assim, a Defesa Civil fez a avaliação de outras áreas de risco que têm casas ao pé de morros, como na Vila Churupa, também no Bairro Itararé. Após a retirada dos moradores, foi feita uma avaliação técnica por geólogos que resultará em um relatórios sobre a atual situação.

Estamos pedindo evacuação para fazer uma avaliação maior porque há áreas que deslizaram aqui nesse local. A maioria das pessoas está saindo, mas ainda há resistência – afirma o profissional da Defesa Civil Fábio Markin.

A Vila Churupa foi considera uma área de risco após avaliação da Defesa Civil.

Conforme Lemos, a Vila Churupa é um dos locais mais críticos em Santa Maria:

Nós temos postes caídos, degraus na via, rachaduras, barulhos vindos das árvores e também manchas de terra por conta de escorregamentos que são visíveis a olho nu, além de rachaduras nas próprias casas. Por isso, os moradores foram convencidos a sair do local. Ficaram pouquíssimas pessoas lá, apenas duas famílias, mas cerca de 90% da população saiu. Para nós é uma vitória porque é um local de grande risco. 


Em Santa Maria, mais de mil pessoas foram desalojadas
Em razão das fortes chuvas, moradores de diferentes municípios têm deixado suas casas por questões de segurança. Conforme boletim divulgado nesta sexta-feira (3), às 12h, no Rio Grande do Sul, mais de 23 mil pessoas estão desalojadas. Só em Santa Maria, foram mais de mil. O levantamento foi feito pelo superintendente da Defesa Civil do município, Adão Lemos, e leva em conta o número de quatro pessoas por família.

O maior número de famílias desalojadas foi na Rua Canários, no Bairro Itararé. Na tarde desta quinta-feira (1º), um deslizamento de terra no local deixou duas vítimas fatais: Emily Ulguin da Rocha, 17 anos e a mãe Liane Ulguin da Rocha, 45 anos. Segundo informações preliminares, uma rocha que estava presa ao morro, teria se soltado e atingido as residências. Com R$ 16 milhões liberados, obra de proteção da encosta da Rua Canário pode prever até remoção de casas


Confira a lista

  • Aproximadamente 100 famílias na Rua Canários, onde houve um deslizamento com duas mortes no Morro do Cechella
  • 90 pessoas no distrito Passo do Verde
  • 10 pessoas no Bairro Chácara das Flores
  • 9 famílias na Canaã, no Bairro Tancredo Neves
  • 40 famílias na Vila Bilibio
  • 50 famílias na Vila Churupa, no Bairro Itararé
  • 22 famílias na Vila Figueira 
  • 20 famílias na Vila Favarin


Leia também:


Veja a situação do local na tarde da quinta-feira (2):

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Caixa libera saque do FGTS para afetados por enchentes no RS Anterior

Caixa libera saque do FGTS para afetados por enchentes no RS

Estudante de Geografia da UFSM mapeia pontos de doações para atingidos pela chuva Próximo

Estudante de Geografia da UFSM mapeia pontos de doações para atingidos pela chuva

Geral